Alô Brasília (30/05) – Novidades para os portadores de necessidades especiais do Distrito Federal. O Instituto Mãos de Arte inaugurou na última sexta-feira (27) o Telecentro Comunitário. O Objetivo do programa é promover a inclusão digital de forma gratuita para pessoas com deficiência física e cerebral. Localizado no Paranoá, o centro é o primeiro do DF. O novo espaço pretende oferecer alternativas de profissionalização e tratamentos com arteterapia, por meio da tecnologia, a jovens e adultos que perderam as funções motoras e cognitivas. As inscrições começam hoje.
De acordo com a presidente do Instituto Mão de Arte, Elisa Lemos, durante seis anos foram realizadas pesquisas com portadores de necessidades especiais com a intenção de inseri-los no mercado de trabalho. Para isso, desenvolver a comunicação, autoestima e criatividade deles é fundamental. “O projeto proporciona a reinserção social, inclusão digital, profissionalização e favorecimento na reabilitação física. Pretendemos colocar uma unidade em cada estado do Brasil, a partir do ano que vem”, afirmou Lemos.
É previsto, até a metade de 2012, a criação de mais quatro unidades no Lago Norte, Riacho Fundo I, Santa Maria e Ceilândia. O telecentro do Paranoá vai utilizar mídias digitais e tecnológicas para artes gráficas, plásticas, áudio, vídeo e design de produtos para pessoas em processo de reabilitação física, cerebral e na recuperação de atividades motoras. “Todas as máquinas e computadores usados por eles terão adaptações específicas para cada uma das suas necessidades. E pretendemos lançar essa tecnologia no mercado para favorecer mais pessoas”, ressaltou a presidente do instituto.
Segundo estimativas do censo realizado em 2000 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 26 milhões de brasileiros apresentem algum tipo de incapacidade ou deficiência. Desse total, 60% são deficientes físicos. Mais de 13% desse quantitativo vive no Distrito Federal, sendo que Santa Maria é a cidade com maior concentração de portadores com deficiência física do DF.
Após o preenchimento da ficha de cadastro, os portadores de necessidades especiais serão avaliados na fisioterapia e neurociência, para que os funcionários possam conhecer o caso específico de cada um. Depois disso, serão feitas, nas Adaptações para a Vida Diária (AVDs), acompanhamentos com uma equipe especializada em ortopedia. Com a triagem, a intenção é acomodar cada deficiente em um computador específico às suas necessidades.